RODA DE CONVERSA E INSTALAÇÃO ARTÍSTICA

Ações de arte e cultura realizadas em parceria com a Associação Nossa Cidade (ANC) integraram a programação da Semana Nacional das Migrações e do Refúgio em Belo Horizonte.

O dia 28 de junho de 2025 foi marcado pela roda de conversa Ouvir para bem receber e pela instalação poético visual [IN]VISÍVEIS.

Na roda de conversa, foram apresentados resultados parciais da pesquisa "Ouvir para bem receber: integração e conexão de comunidades transnacionais em Belo Horizonte", fruto de uma parceria entre a PUC Minas e a Associação Nossa Cidade.

A pesquisa, conduzida por uma equipe formada por mulheres migrantes e por alunas e ex-alunas da PUC Minas, busca compreender as realidades de quem chega ao Brasil em busca de novas oportunidades.

Um de seus principais legados da pesquisa será a criação de um fundo comunitário permanente, destinado às necessidades e potencialidades desta população e gerido pela Associação Nossa Cidade, organização social que, há dez anos, mobiliza recursos para financiar iniciativas de lideranças comunitárias comprometidas com a regeneração de ambientes e relações sociais. Mais informações sobre a pesquisa estão disponíveis em nossacidade.net/pt/chapters/migrantes.

Após a Roda de Conversa, na fachada lateral de seu icônico Edifício Dom Cabral (PUC Minas campus Lourdes), foi realizada a projeção da série de videopoemas [IN]VISÍVEIS, criada a partir das narrativas de migrantes e refugiados que vivem na região metropolitana de Belo Horizonte. A exibição foi o ápice da primeira etapa de uma jornada de escuta e acolhimento que une ensino da língua portuguesa, arte, pesquisa e extensão universitária.

Idealizada e realizada pela artista visual e mestra em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, Marisa Guimarães, a obra apresentou 16 videopoemas construídos com palavras e expressões retiradas de relatos (auto)biográficos de migrantes, colhidos no contexto das atividades do Projeto LER. As frases, carregadas de significados profundos, revelam desejos, dores, esperanças e vivências desses sujeitos historicamente invisibilizados.

As atividades, realizadas no campus Lourdes da PUC Minas, sede das atividades presenciais do Projeto LER, contaram com o apoio do Serviço Jesuíta e Migrantes e Refugiados (SJMR), do Coletivo de Mulheres Migrantes Cio da Terra, do Centro de Estudos Luso-afro-brasileiros (CESPUC / Instituito Camões), da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (ACNUR/ PUC Minas)